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sábado, 19 de outubro de 2024

A Origem dos Movimentos Oculares

Os movimentos oculares são essenciais para a visão funcional, permitindo que nossos olhos sigam objetos, ajustem o foco e garantam uma percepção visual clara do ambiente. Esses movimentos são coordenados por um sistema neurológico complexo, que envolve várias regiões do cérebro e nervos.

1. Córtex Cerebral

A origem dos movimentos oculares começa no córtex cerebral, particularmente no córtex frontal e parietal, responsáveis por iniciar e coordenar os movimentos voluntários dos olhos. O córtex frontal, por exemplo, direciona o olhar para objetos de interesse, enquanto o córtex parietal lida com a atenção visual.

2. Tronco Encefálico

O tronco encefálico desempenha um papel crítico no controle dos movimentos oculares involuntários e reflexos. Ele contém centros específicos, como o núcleo paraventricular, que regula movimentos rápidos (sacádicos), e o núcleo oculomotor, que controla os músculos responsáveis pela movimentação dos olhos.

3. Nervos Cranianos

Os nervos cranianos III (oculomotor), IV (troclear) e VI (abducente) são os principais condutores dos comandos nervosos do cérebro para os músculos oculares. Cada um desses nervos inerva músculos específicos que controlam os movimentos de rotação, elevação, depressão e abdução dos olhos.

4. Cerebelo

O cerebelo ajusta e refina os movimentos oculares, garantindo precisão e suavidade nos movimentos, especialmente durante atividades que envolvem o rastreamento de objetos em movimento. Ele também é importante para a coordenação de movimentos oculares e motores em geral.

5. Músculos Extraoculares

Finalmente, os comandos do cérebro e dos nervos cranianos atingem os músculos extraoculares, que são os seis músculos responsáveis pela movimentação dos olhos em diferentes direções: para cima, para baixo, para os lados e movimentos oblíquos.

Tipos de Movimentos Oculares:
  • Sacádicos: Movimentos rápidos e bruscos para realocar o olhar de um ponto a outro.
  • Pursuits (Seguimento): Movimentos suaves e lentos usados para acompanhar um objeto em movimento.
  • Convergência: Movimento dos olhos na direção do nariz para focar em objetos próximos.
  • Reflexos Vestibulo-Oculares: Movimentos automáticos que estabilizam a visão durante o movimento da cabeça.


Conclusão

A origem dos movimentos oculares é um processo coordenado que envolve várias regiões do cérebro, nervos e músculos. Esse sistema complexo é o que garante a precisão e funcionalidade dos nossos olhos em diversas situações do dia a dia, seja acompanhando um objeto em movimento ou mantendo a estabilidade da visão.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Músculos Extraoculares e Intraoculares: Funções e Importância na Saúde Ocular

Nosso sistema visual é complexo e depende da interação entre vários componentes, incluindo os músculos que controlam o movimento e o foco dos olhos. Esses músculos são classificados em extraoculares e intraoculares, e ambos desempenham papéis fundamentais para garantir uma visão precisa e eficiente. Vamos entender como eles funcionam!

Músculos Extraoculares: Controle dos Movimentos Oculares

Os músculos extraoculares são responsáveis pelos movimentos dos olhos em várias direções. São seis músculos que trabalham de forma coordenada para permitir que nossos olhos se movam de maneira fluida e precisa:

  • Reto Superior: Eleva o olho para cima.
  • Reto Inferior: Move o olho para baixo.
  • Reto Lateral: Move o olho para fora, em direção à orelha.
  • Reto Medial: Move o olho para dentro, em direção ao nariz.
  • Oblíquo Superior: Realiza a rotação interna e a depressão do olho.
  • Oblíquo Inferior: Realiza a rotação externa e eleva o olho.

Esses músculos trabalham em conjunto para que possamos seguir objetos em movimento, manter os olhos alinhados e ajustar nossa visão em diferentes direções. Qualquer disfunção nesses músculos pode resultar em condições como o estrabismo ou dificuldades de motilidade ocular.

Músculos Intraoculares: Controle do Foco e Regulação da Luz

Os músculos intraoculares estão dentro do olho e são responsáveis por controlar o foco da visão e a quantidade de luz que entra no olho. Eles desempenham um papel fundamental na acomodação (ajuste do foco) e na adaptação à luminosidade.

  • Músculo Ciliar: Controla a acomodação, permitindo que o cristalino mude sua forma para focar objetos a diferentes distâncias. Quando o músculo ciliar contrai, o cristalino fica mais espesso, o que é essencial para ver objetos próximos (como na leitura). Quando relaxa, o cristalino se achata para ver objetos distantes.
  • Músculo Esfíncter da Íris: Esse músculo regula o tamanho da pupila, controlando a quantidade de luz que entra no olho. Ele se contrai em ambientes mais claros (miose), reduzindo o diâmetro da pupila.
  • Músculo Dilatador da Íris: Faz o oposto do esfíncter, dilatando a pupila (midríase) em ambientes mais escuros para permitir a entrada de mais luz.
A Importância do Funcionamento Adequado desses Músculos

Tanto os músculos extraoculares quanto os intraoculares são essenciais para o bom funcionamento da visão. Problemas nos músculos extraoculares podem levar à visão dupla, desalinhamento ocular ou dificuldade em mover os olhos corretamente. Já os músculos intraoculares, se afetados, podem causar dificuldades de foco, como a presbiopia (vista cansada), ou problemas de adaptação à luz.

Conclusão

Conhecer a função dos músculos extraoculares e intraoculares é fundamental para entender como nossos olhos funcionam e o que pode ocorrer quando há disfunções. Manter a saúde ocular em dia, realizando exames regulares com seu optometrista, é essencial para detectar qualquer problema nesses músculos e garantir uma visão saudável!

Testes de Duções e Versões: Avaliando a Mobilidade Ocular

A mobilidade ocular é essencial para a visão adequada, pois permite que os olhos se movimentem de forma coordenada e eficiente em todas as direções. Para garantir que esses movimentos estejam normais, optometristas realizam os Testes de Duções e Versões. Mas o que exatamente são esses testes e por que são tão importantes? Vamos entender!

O que são Duções?

As Duções são os movimentos monoculares (realizados por um olho de cada vez) que avaliam a função dos músculos extrínsecos do olho. Esses movimentos envolvem seis direções principais: 

  • Adução: Movimento do olho em direção ao nariz.
  • Abdução: Movimento do olho em direção à orelha.
  • Elevação: Movimento do olho para cima.
  • Depressão: Movimento do olho para baixo.
  • Inciclodução: Rotação do olho para dentro.
  • Exciclodução: Rotação do olho para fora.

Durante o teste, o paciente acompanha um objeto que o profissional move em várias direções, observando a amplitude de cada movimento. Isso ajuda a identificar possíveis limitações nos músculos que controlam o olho, como paralisia ou fraqueza muscular.

O que são Versões?

As Versões são os movimentos binoculares, ou seja, realizados pelos dois olhos simultaneamente. Ao contrário das duções, que analisam cada olho de forma isolada, as versões avaliam a coordenação dos dois olhos quando se movem juntos em diferentes direções: 

  • Dextroversão: Movimentos para a direita
  • Levoversão: Movimentos para a esquerda.
  • Supraversão: Movimentos para cima.
  • Infraversão: Movimentos para baixo.
  • Dextrosupraversão: Movimentos para cima/direita
  • Levosupraversão: Movimento para cima/esquerda
  • Dextroinfraversão: Movimento para baixo/direita
  • Levoinfraversão: movimento para baixo/esquerda

Esse teste é essencial para identificar desalinhamentos oculares, como o estrabismo, ou problemas na coordenação dos músculos que controlam o movimento conjunto dos olhos.

Por que são importantes?

Os testes de Duções e Versões ajudam a diagnosticar diversas condições oculares que podem afetar a mobilidade, como:

  • Paralisia de músculos oculares: Quando um músculo não funciona corretamente, limitando o movimento.
  • Estrabismo: Condição em que os olhos não se alinham corretamente.
  • Outros problemas de motilidade: Podem incluir condições neurológicas que afetam o controle dos movimentos oculares.

Quando realizar esses testes?

Os testes de Duções e Versões são indicados sempre que houver queixas de visão dupla (diplopia), desconforto visual ao realizar movimentos oculares, ou suspeita de estrabismo. Além disso, são parte integrante de uma avaliação visual completa, garantindo que a saúde ocular do paciente esteja em dia.

Conclusão

A realização dos Testes de Duções e Versões é uma prática essencial na optometria, pois permite identificar disfunções musculares que podem impactar a visão. Ao diagnosticar e tratar precocemente essas condições, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes e evitar complicações visuais futuras.

terça-feira, 25 de julho de 2023

Insuficiência de convergência

Os sistema visual é dotado de particularidade denominada atenção visual, esta, além de nos permitir extrair as melhores informações do ambiente, também nos proporciona a capacidade de diminuir a quantidade de informação recebida. O surgimento de alterações nossa função pode interferir no desempenho e processamento de atenção visual, e consequentemente na aprendizagem escolar.

Uma das alterações muito comum nos dias de hoje tem sido a Insuficiência de Convergência (IC). A (IC), é um problema de visão binocular frequentemente associado a uma variedade de sintomas, ou seja, uma dificuldade no alinhamento dos olhos no momento em que olhamos para um objeto próximo.

Na figura abaixo, ao lado direito, temos um modelo de como acontece a (IC) 





Sintomas:

Geralmente são provocados pelo excesso no trabalho ao perto, pelo estado geral de saúde e ansiedade os quais incluem:
  • Dificuldade de concentração e compreensão quando realizado atividades de perto, 
  • Desconfortos visuais, 
  • Fadiga ocular, 
  • Visão turva ou dupla, 
  • Sonolência, 
  • Cefaléia, entre outros.
Os sintomas de desconfortos visuais, podem aparecer após um prolongado trabalho ao perto como o uso de computadores e a leitura, e são detectados não só em estudantes, mas predominantes também na população em geral. Dessa forma, a insuficiência de convergência pode ser vista como um fator negativo já que contribui para um baixo rendimento tanto no trabalho, como na escola e até mesmo no laser.

Tratamento:

A terapia da visual(VT) é uma série de atividades e exercícios personalizados e individualizados usados ​​para retreinar o cérebro para interagir mais efetivamente com os olhos e, portanto, melhorar o funcionamento e o conforto da visão durante o aprendizado ou no trabalho. A TV ajuda os pacientes a melhorar sua base para ler, aprender, praticar esportes e outras atividades da vida. Portanto, é usado para treinar pacientes com habilidades visuais inadequadas, necessárias para as atividades de vida diária.


Referência: MENIGITE, Nágila Cristiana; TAGLIETTI, Marcelo. Visual symptoms and convergence insufficiency in university teachers. Revista Brasileira de Oftalmologia, [S.L.], v. 76, n. 5, p. 242-246, 07 set. 2017. Revista Brasileira de Oftalmologia. http://dx.doi.org/10.5935/0034-7280.20170050.

domingo, 16 de julho de 2023

Excesso de Convergência: Entendendo o Problema e suas Implicações Visuais

Excesso de convergência é uma condição em que os músculos oculares se esforçam além do necessário para convergir os olhos em direção a um ponto próximo. Em situações normais, os olhos convergem naturalmente para focar objetos próximos, como a leitura de um livro. 

No entanto, no caso do excesso de convergência, os músculos oculares trabalham excessivamente, resultando em fadiga ocular, desconforto visual e possíveis sintomas como visão borrada, dores de cabeça e dificuldade de concentração. Essa condição pode ocorrer devido a problemas de coordenação motora dos músculos oculares, hábitos de trabalho visual prolongado em distâncias próximas, fatores genéticos ou estresse visual causado por condições ambientais desafiadoras.

O que é o Excesso de Convergência?

O excesso de convergência ocorre quando os músculos oculares se esforçam excessivamente para convergir os olhos em direção a um ponto próximo. Em condições normais, os olhos convergem naturalmente para focar em objetos próximos, como a leitura de um livro. No entanto, em casos de excesso de convergência, os olhos podem convergir demais, resultando em fadiga ocular, desconforto visual e visão borrada.


Possíveis Causas do Excesso de Convergência:

As causas do excesso de convergência podem variar de pessoa para pessoa. Alguns fatores que podem contribuir para essa condição incluem:

  • Problemas de coordenação motora dos músculos oculares.
  • Hábitos de trabalho visual prolongado em distâncias próximas, como uso excessivo de dispositivos eletrônicos ou leitura prolongada.
  • Fatores genéticos ou hereditários.
  • Estresse visual causado por condições ambientais desafiadoras, como iluminação inadequada ou uso prolongado de telas.

Implicações do Excesso de Convergência:

O excesso de convergência pode levar a uma série de sintomas e implicações visuais, incluindo:

  • Fadiga ocular: A musculatura ocular trabalha excessivamente, resultando em cansaço e desconforto nos olhos.
  • Visão borrada: O excesso de convergência pode causar visão borrada, especialmente durante atividades prolongadas de leitura ou trabalho em distâncias próximas.
  • Dor de cabeça: A fadiga ocular associada ao excesso de convergência pode desencadear dores de cabeça.
  • Dificuldade de concentração: A visão afetada pelo excesso de convergência pode tornar a concentração em tarefas próximas mais desafiadora.

Tratamento e Gerenciamento:

O tratamento do excesso de convergência pode incluir:

  • Correção óptica: Óculos para corrigir problemas refrativos.
  • Terapia visual: Exercícios e técnicas específicas para fortalecer os músculos oculares e melhorar a coordenação da convergência.
  • Uso de prismas: Lentes prismáticas prescritas para ajudar a corrigir problemas de convergência excessiva e melhorar a visão binocular.
  • Pausas regulares: Fazer pausas durante atividades que exigem esforço visual próximo, permitindo descanso adequado aos músculos oculares.
  • Ergonomia visual: Ajustar a iluminação e a distância de trabalho para reduzir o estresse visual.

Consulte um Profissional:

Se você suspeita de excesso de convergência, é recomendável consultar um optometrista. Ele poderá avaliar a condição visual e recomendar o tratamento mais adequado com base em seu caso específico. Lembre-se de que cada caso é único, e um profissional de saúde ocular poderá avaliar sua condição e oferecer orientações personalizadas. 

Insuficiência de Convergência: Causas, Sintomas e Tratamento para a Fadiga Ocular

Você já ouviu falar sobre a insuficiência de convergência? É uma condição ocular comum que pode causar fadiga ocular e desconforto visual. Nesta postagem, vamos explorar o que é a insuficiência de convergência, suas possíveis causas, sintomas e opções de tratamento disponíveis.




O que é a Insuficiência de Convergência?

A insuficiência de convergência é uma condição em que os músculos oculares têm dificuldade em coordenar os movimentos necessários para convergir ambos os olhos em direção a um ponto próximo. Isso afeta a capacidade dos olhos de trabalharem juntos e pode levar a sintomas de fadiga ocular, visão dupla e dificuldade em manter o foco em objetos próximos.


Possíveis Causas:

Embora as causas exatas da insuficiência de convergência não sejam completamente compreendidas, acredita-se que fatores genéticos, fraqueza dos músculos oculares ou problemas de controle neuromuscular possam contribuir para essa condição. Além disso, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e a realização de tarefas que exigem esforço visual prolongado, como leitura prolongada, podem desencadear ou agravar os sintomas.


Sintomas da Insuficiência de Convergência:

Os sintomas mais comuns da insuficiência de convergência incluem:
  • Fadiga ocular, 
  • Dor de cabeça, 
  • Visão dupla ou embaçada, dificuldade em manter o foco em objetos próximos,
  • Sensação de cansaço nos olhos durante atividades que exigem esforço visual próximo. 
Esses sintomas geralmente pioram ao longo do dia ou após períodos prolongados de trabalho visual.


Diagnóstico e Tratamento:

O diagnóstico da insuficiência de convergência podes ser realizado por um optometrista, que realizará testes especializados para avaliar a coordenação dos movimentos oculares e a capacidade de convergência. Com base no diagnóstico, o profissional de saúde ocular poderá recomendar opções de tratamento adequadas.


O tratamento para insuficiência de convergência pode incluir:

  • Correção óptica: Pode ser prescrita para auxiliar na correção dos
    problemas de convergência.
  • Terapia visual: Exercícios e técnicas específicas para fortalecer os músculos oculares e melhorar a coordenação dos movimentos oculares.
  • Prismas: Lentes prismáticas prescritas para ajudar a corrigir problemas de convergência e melhorar a visão binocular.
  • Descanso visual: Fazer pausas regulares durante atividades que exigem esforço visual próximo, especialmente ao usar dispositivos eletrônicos.

A insuficiência de convergência pode causar desconforto visual significativo, mas com o diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, é possível reduzir os sintomas e melhorar a qualidade visual. Lembre-se de consultar um profissional de saúde ocular para avaliação e orientação personalizada. Cuide bem dos seus olhos e mantenha-os saudáveis para um bom desempenho visual em todas as suas atividades!

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Cover Teste ou Teste de Corbetura

O Cover Test é o método objetivo, padrão-ouro, realizado para determinar a presença, o tipo e a magnitude do desalinhamento ocular (estrabismo). 

O teste é realizado tanto de longe quanto de perto. Quando realizado de perto, um alvo de fixação acomodativa é mantido a uma distância de 33 centímetros. À distância, o paciente se fixa em um alvo a uma distância de 6 metros.


Testes:

  • Cover-uncover
  • Cover teste alternante:
  • Cover teste alternate com prisma

Equipamentos necessários:

  • Pontos de fixação longe e perto. 




  • Oclusor opaco:  


  • Oclusor Translúcido:
 


Esse tipo de oclusor proporciona menos reações pupilares que podem ser uma distração ao olhar pequenos desvios; Permite ver os movimentos por trás do oclusor, sendo útil em desvios verticais. Sua utilização em pacientes com nistagmo também é importante.

Testes:

Cover-uncover

O teste de cobrir e descobrir geralmente é realizado primeiro. O teste cobrir-descobrir é útil para identificar uma tropia e diferenciá-la de uma foria. O teste é feito usando um oclusor opaco ou translúcido para cobrir um olho. 

O oclusor é mantido na frente do olho por alguns segundos e depois removido. Quando o olho fixador estiver ocluído, o examinador observará o movimento do olho não ocluído para captar a fixação se houver tropia. Se nenhum tropia estiver presente, o olho não ocluído permanecerá estacionário. Para avaliar uma foria ou desvio latente, o examinador observa o olho atrás do oclusor. Se houver foria, o olho descoberto não se move, porém o olho que está atrás do oclusor se desviará e retornará à posição reta quando o oclusor for removido.


Cover teste alternante:

O teste de cobertura alternante geralmente é realizado após o teste de cover uncover. É o teste de cobertura mais dissociativo e mede o desvio total, que inclui a tropia mais a foria. Para este teste, o examinador oclui um olho e depois o outro, alternando o oclusor entre os olhos. Ao realizar o cover teste altenante, é importante manter o oclusor sobre cada olho por pelo menos alguns segundos para permitir que o olho não ocluído tenha tempo suficiente para obter a fixação. Em geral, quanto mais rápido os olhos conseguirem se recuperar quando o oclusor for trocado, melhor será o controle do desvio.


Cover teste alternante com prismas

O cover teste alternate com prisma é semelhante ao cover teste alternante, com a adição de um prisma sobre um olho para quantificar o desvio. O examinador realiza o teste de cobertura alternada enquanto troca o prisma sobre o olho desviado até que o desalinhamento seja neutralizado. A magnitude do desvio é a medida do prisma em dioptrias de prisma necessárias para neutralizar o desvio.

Este tipo de teste é utilizado para investigar a foria que o paciente apresenta. Com ele, podem ser detectados desvios muito pequenos, difíceis de serem vistos pelo próprio optometrista. 

Pedimos ao paciente que foque em um objeto e alternamos a cobertura entre os dois olhos. Temos que perguntar ao paciente se o objeto que ele está fixando se move; se for na mesma direção do oclusor, será uma exoforia, e se for na direção oposta, uma endoforia.

No caso de encontrar forias e tropias, para medir a magnitude (dioptrias prismáticas) podemos utilizar a barra de prisma.

Barra de prisma: 

Colocamos a barra de prisma no olho que não possui desvio. 
Se for uma exoforia colocaremos prismas de base nasal (BN) e se for endoforia, base temporária (BT), hiperforia de base inferior (BI) e hipoforia de base superior (BS), até que não haja movimento. 



Referencias:  American Academy of Ophthalmology. 

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