terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Teste Torrington: Avaliando Forias Oculares e Desalinhamentos Latentes

O Torrington é uma ferramenta valiosa na prática clínica para detectar forias, que são desalinhamentos oculares latentes. O teste permite identificar e quantificar desvios oculares horizontais e verticais, auxiliando profissionais na avaliação binocular de seus pacientes.

O Que São Forias?

As forias são desvios oculares latentes que não são percebidos em condições normais, pois os olhos mantêm a fusão binocular (visão combinada dos dois olhos). Esses desalinhamentos podem se manifestar quando a fusão é interrompida, causando sintomas como:

  • Fadiga ocular.
  • Cefaleia (dores de cabeça).
  • Visão dupla intermitente.
  • Dificuldade de foco em atividades próximas, como leitura.

Tipos de Forias Avaliadas:

  1. Exoforia: Tendência dos olhos a se desviarem para fora.

  2. Esoforia: Tendência dos olhos a se desviarem para dentro.

  3. Hiperforia/Hipoforia: Desvio vertical, quando um olho fica mais alto ou mais baixo em relação ao outro.



                              


Como o Teste Torrington Block Phoria Funciona?

  • O teste utiliza alvos específicos que interrompem a fusão binocular do paciente.

  • A avaliação é feita com base nas respostas do paciente e observações do profissional, permitindo determinar:

    • Direção do desalinhamento (horizontal ou vertical).

    • Magnitude do desalinhamento, medida em prismas dioptrias.


                                      

Aplicabilidades Clínicas do Torrington Block Phoria

  • Identifica forias latentes que podem causar sintomas visuais incômodos, principalmente em pacientes com fadiga ocular frequente.
  • Avalia sintomas de disfunção binocular, como dores de cabeça ou dificuldade de leitura.
  • Acompanha a evolução de intervenções, como terapia visual, uso de prismas ou prescrição de lentes especiais.
  • Avalia a necessidade de tratamento em casos de desalinhamento ocular pequeno, mas sintomático.

Vantagens do Teste Torrington Block Phoria

  • Rápido e simples de ser realizado.
  • Pode ser aplicado em diversos perfis de pacientes.
  • Oferece uma avaliação precisa do desalinhamento ocular.
  • Fundamental no planejamento de tratamentos, como terapia visual ou prescrições com prismas.

Conclusão

O Torrington Block Phoria é uma ferramenta essencial para profissionais da área da visão, especialmente na identificação de forias e no tratamento de problemas binoculares. Com a sua aplicação adequada, é possível reduzir sintomas como fadiga ocular, cefaleia e desconforto visual.

Você já realizou o Torrington Block Phoria em seus pacientes? Compartilhe sua experiência ou dúvidas nos comentários!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Astigmatismo e Eixos: Por Que No Brasil Utilizamos o Eixo Negativo?

O astigmatismo é uma condição ocular comum causada por uma curvatura irregular da córnea ou do cristalino, resultando em visão desfocada ou distorcida. Durante a prescrição de lentes corretivas, o astigmatismo pode ser representado utilizando dois tipos de cilindro: positivo (+) ou negativo (-).

Por Que Existem Dois Formatos de Cilindro?

Os dois formatos de cilindro descrevem a mesma condição visual, porém de maneiras diferentes:

  1. Cilíndrico Negativo (-): Mais utilizado no Brasil e em países da América Latina e Europa.
  2. Cilíndrico Positivo (+): Comum nos Estados Unidos, principalmente em cirurgias refrativas e prescrições de lentes intraoculares.

Ambas as notações são matematicamente equivalentes, mas o uso pode variar conforme a região e a prática profissional.

Por Que No Brasil Utilizamos o Eixo Negativo?

  • Padronização Profissional: No Brasil, optometristas e oftalmologistas seguem a tradição do cilindro negativo, ensinada nas formações acadêmicas.
  • Facilidade Técnica: O cilindro negativo é amplamente adotado por ser mais prático para ajustes em óculos e montagem de lentes em laboratórios ópticos.
  • Equipamentos: Forópteros, autorrefratores e retinoscópios no Brasil são configurados para facilitar medições utilizando o cilindro negativo.

Prescrições com Cilíndrico Positivo no Brasil

Nos casos em que a prescrição é feita com cilindro positivo, é necessário realizar a transposição para o formato negativo, garantindo que a receita seja aceita e entendida corretamente nos laboratórios ópticos.

A transposição consiste em converter a notação de positivo (+) para negativo (-). O processo segue a fórmula:

  1. Somar o valor do esférico com o cilindro.
  2. Inverter o sinal do cilindro.
  3. Alterar o eixo em 90°.

Exemplo:

  • Receita original: +2,00 esf / +1,00 cil x 90°
  • Transposição: +3,00 esf / -1,00 cil x 180°

Essa prática assegura que a receita esteja no formato padrão adotado pelos laboratórios no Brasil.

Importância de Dominar a Transposição

A habilidade de transpor cilindros é essencial para garantir a precisão nas prescrições e a adaptação confortável das lentes para o paciente.

Curiosidade: Você sabia que, independentemente do formato positivo ou negativo, o mais importante é garantir a correção precisa para cada paciente? Deixe um comentário se tiver dúvidas ou quiser saber mais sobre astigmatismo e lentes corretivas! 

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